A Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) está realizando um curso de artesanato para os servidores com o reaproveitamento de resíduos sólidos. As aulas são ministradas pelo artista plástico Roberto Carvalho, que ensina sobre a produção de peças de arte a partir de materiais como jornais, papelão, arame, isopor, alumínio e plástico.

Roberto Carvalho tem uma longa carreira na produção de arte com materiais reciclados. Para ele, é uma satisfação realizar o processo de transformação. “Eu gosto de utilizar justamente aquele material que as pessoas dizem que não tem serventia. Bato o olho e já sei o que quero fazer”, afirma ele.

No curso, os participantes aprendem a fazer bonecas de arame ou de jornal, luminária de jornal, mosaico de cerâmica, ou uma flor de papelão. Até mesmo o espelho quebrado pode ser reaproveitado. “Com cada pedaço de espelho eu faço outro espelho, produzindo uma arte, como um sol”, revela.

O curso começou no último mês de agosto e, para uma das participantes, a assistente social Jimena Karla, a atividade contribui para “ajudar uma semente a florescer”. Ela conta que sempre gostou de artesanato e já fazia bordados e crochê. “Minha primeira peça aqui foi um porquinho. Para que ele ficasse pronto, fiz a colagem de papel, coloquei massa, lixei e pintei. Envolve muita coisa. Agora estou fazendo uma bailarina de papel”.

Mãos que transformam – No mês de agosto, a Divisão de Bem-Estar Social da Emlur organizou a I Feira de Artesanato ‘Mãos que Transformam’. Conforme a chefe do setor, Damiana Rodrigues, o objetivo foi despertar o interesse da arte entre os servidores, de forma que eles desenvolvam suas habilidades e possam produzir artesanato. Para ela, além do benefício ocupacional, a atividade pode gerar renda extra aos artesãos.

Roberto Carvalho explica que há níveis diferentes entre os participantes, mas, todos produzem conforme suas habilidades. “Nós ajudamos nos desenvolvimento de todos. Nossa ideia é preparar uma exposição para que todos possam mostrar suas criações”.

Neste trabalho, ele conta com o apoio de duas assistentes. Uma delas é Marise Marinho. Segundo ela, ao mesmo tempo que ensina, também aprende. “Para mim, é uma inovação porque eu não tinha experiência em trabalhar com um artista plástico. Artesanato é o que eu gosto de fazer e estou conseguindo desenvolver esta aptidão no trabalho com recicláveis”, comenta.