A gravidez na adolescência muitas vezes pode ser de risco para a mãe e para o bebê. No Instituto Cândida Vargas (ICV), dos 2.980 nascimentos ocorridos de janeiro até o último dia 23,10% foram crianças de mães adolescentes. A maternidade, que é referência na rede pública do município de João Pessoa e também no estado, na assistência às gestantes, oferece serviço especializado para  adolescentes grávidas, incluindo suporte psicológico.

Segundo a equipe de saúde do ICV, o primeiro cuidado neste período é a atenção familiar. As adolescentes, no geral, têm dificuldade de aceitar a notícia e de informar aos seus pais. Por isso, a família deve reconhecer que passar sentimentos contrários e começar conflitos só vai agravar os riscos à saúde física e emocional da gestante.

Como em toda gestação, a mãe adolescente precisa fazer o pré-natal. Por se tratar de uma gravidez de risco, o acompanhamento médico deve ser precoce e constante. Seguir as orientações médicas é essencial para enfrentar as dificuldades da gravidez e caminhar para uma gestação saudável e um bom parto.

“Algumas patologias têm sua prevalência aumentada nesse extremo da vida da mulher, como é o caso da pré-eclâmpsia e eclampsia, que acomete até nove vezes mais do que em mulheres adultas, sendo esta a principal causa de morte materna no Brasil. Também ocorre maior número de partos prematuros e baixo peso ao nascer, além de maior número de partos cesarianos”, disse a coordenadora do Ambulatório do ICV, Viviane Meneghetti.

No ICV, a paciente vai ter acompanhamento psicológico, pois é fundamental para adolescente, que, de repente, vai ver toda a sua vida mudar devido à responsabilidade de ter um filho. Ela pode ter muita dificuldade para lidar com suas emoções. Além disso, a adolescente tem atendimento com médicos especializados em alto risco e uma equipe multiprofissional, composta por enfermeiras obstetras e fisioterapeutas voltadas para o cuidado integral desse grupo.