OI Festival da Cultura Indígena acontecerá em agosto, em Rio Tinto, com a participação de 32 aldeias potiguaras e representações de outros povos, como os Tabajaras. O evento será realizado pela Secretaria de Estado da Cultura, que prepara estrutura nos mesmos moldes do II Festival da Cultura Cigana, ocorrido no mês de maio, na cidade de Sousa, no Sertão, onde se concentra a maior comunidade cigana do Estado. Lá, durante um dia, o Festival mostrou artes, cultura, costumes sociais, artesanato e culinária ciganas.

Da mesma forma, para o Festival Indígena o planejamento está sendo discutido entre a equipe da Secult e os caciques potiguaras. Cada aldeia terá apresentações artísticas, rituais de dança (toré), coco-de-roda, ciranda, exposição fotográfica, culinária e artesanato desses povos.

Nova data – Anteriormente, o Festival da Cultura Indígena foi marcado para o dia 16 de julho, mas a data teve que ser mudada, sobretudo, por causa das informações meteorológicas, que preveem para este mês muitas chuvas, o que pode comprometer a realização da festa.

As últimas chuvas chegaram a isolar algumas aldeias que se situam em áreas rurais de Rio Tinto e Marcação, Litoral Norte da Paraíba.

Casarão dos Lundgren – O local escolhido para o Festival foi o Palacete dos Lundgren, uma construção de estilo alemão do início do século passado, hoje sob a tutela dos povos Potiguara. Os ambientes do festival serão montados no grande pátio que fica na frente e nos lados do prédio, que foi usado como residência pela Família Lundgren.

O prédio está estrategicamente edificado numa área alta da cidade e fica ao centro de um grande terreno coberto por grama, por isso ideal para a realização do Festival Indígena.

O palacete é uma requintada residência de quartos e salões amplos, de primeiro andar, com grandes portas em madeira de lei e a presença de mármore italiano. As paredes muito largas e os tijolos ocre aparentes são uma característica da arquitetura alemã da época, seguindo o padrão das demais instalações que os Lundgren construíram em Rio Tinto, em que se destaca a famosa indústria têxtil, que funcionou até os Anos 80.